top of page

Lá vai o Poeta

Que mancebo! Olhem-no bem vaidoso de suas palavras Com o cabelo cheio de sebo De tantos versos de veias cavas.

Olhem-no para as meias, vejam como vão rotas, Tão rotas que podia vir descalço, Notar-se-ia menos! Tão rotas como uma carteira de um pobre, E cheirem, cheirem! De certo cheira a chulé! Ui, ao tempo que ele não deve ter uma água, Para se lavar, sabonetear, fazer a barba, Porque não desfazê-la...

E o casaco ó poeta, não tens outro? Andas sempre com o mesmo fato?

Victor Nuno de Menezes, in "As Meias do Poeta"

Posts Em Destaque
Posts Recentes
Arquivo
Procurar por tags
Nenhum tag.
Siga
  • Facebook Basic Square
  • Twitter Basic Square
  • Google+ Basic Square
bottom of page